Publicada em 31/01/2025
A ausência de chuvas tem sido preocupante em todo o estado. Em Cruz Alta, ações de prevenção já estão sendo realizadas, principalmente no interior do município. Com o objetivo de debater os possíveis impactos da estiagem e a necessidade de decretar situação de emergência no município, a Prefeita Paula Rubin Facco Librelotto reuniu as lideranças do setor agrícola em seu gabinete na manhã da quinta-feira (30).
O encontro contou com a presença do vice-prefeito Moacir Marchesan Junior; do presidente do Sindicato Rural Patronal, Moacir Medeiros; do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Celson Sossmeier; do vereador e produtor rural Airton Becker; da secretária municipal de Agricultura e Bem-Estar Animal, Valéria de Bortoli; do procurador-geral do município, Vitor Giacomini; do coordenador de Segurança Pública e Defesa Civil de Cruz Alta, Eduardo Novakoski; e da chefe do Escritório da Emater de Cruz Alta, Larissa Reis.
Atualmente, 37 municípios já decretaram situação de emergência devido à estiagem, incluindo cidades vizinhas de Cruz Alta. Para fundamentar a decisão, a Administração Municipal, em conjunto com a Emater e os sindicatos, realizará um levantamento detalhado dos impactos na zona rural do município.
De acordo com a Emater, alguns agricultores já sentem os efeitos da estiagem. “Temos relatos de agricultores cujas lavouras ficaram mais de 20 dias sem chuva”, explicou Larissa. No entanto, como as precipitações são irregulares, as perdas variam de uma localidade para outra.
A estiagem teve início na metade do mês de dezembro e tem afetado severamente a produção agrícola, com chuvas insuficientes para atender às necessidades da soja. Conforme relatos dos produtores, as perdas podem chegar a 50% em lavouras de plantio precoce e até 80% em algumas áreas mais afetadas.
Para Becker, a medida deve ser tomada com urgência. “Os produtores estão enfrentando grandes dificuldades, e o decreto de emergência é fundamental para que possamos buscar apoio e garantir condições mínimas para quem depende da agricultura”, destacou.
O mapeamento dos prejuízos será a prioridade da Secretaria de Agricultura. Conforme Valéria, “o objetivo é fazer o levantamento do impacto para garantir que as medidas de apoio cheguem a quem realmente precisa”.
Outra medida que será adotada é a busca de apoio dos deputados da região para que deem suporte em ações que possam amenizar os prejuízos. “Essas ações vão ao encontro do interesse dos produtores e seguem a orientação da FARSUL. O decreto de emergência é um passo importante para garantir apoio e medidas mais efetivas para os agricultores”, destacou o presidente do Sindicato Rural.
A Prefeitura de Cruz Alta pretende editar o decreto de emergência até o início da próxima semana. O objetivo é agilizar medidas de suporte aos agricultores e viabilizar ações que minimizem os prejuízos causados pela estiagem.
Com informações da Prefeitura Municipal
Rádio Jornalismo – Rádio Cruz Alta
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